Fico pensando a respeito do quão pouco nós, brasileiros, somos valorizados quando se trata de considerar nosso próprio pensamento. O Brasil exporta pesquisadores. Mas é uma pena que essa "exportação" não se dá por um excedente ou por um jogo em que o próprio Brasil saia beneficiado. Aqui, simplesmente não há lugar a pesquisadores como há em outros países. Por aqui, são valorizados apenas os técnicos, e as receitas das mais diversas espécies vindas de fora. Portanto, se você é pesquisador, e não possui recursos...
Já dizia Silviano Santiago, no ensaio introdutório à coleção Intérpretes do Brasil (parafraseio): desde que "eles" aportaram por aqui, nada do que poderia haver de voz enunciada pelos habitantes dessas terras virgens poderia representar qualquer valor. Dado histórico, mas que adquire um triste simbolismo na história do Brasil, principalmente na contemporaneidade: há aqui muita "mão-de-obra", mas Pensamento, esse com "pê" maiúsculo, não pode haver não sinhô...
Temo constatar que, mesmo onde supostamente o haja (em alguns recantos universitários), seja permeado pelo mesmo coronelismo que impede qualquer pensamento dito "brasileiro". Bom, esse foi um "post" em tom de desabafo...
28 outubro 2005
Sobre o Pensamento (ou sua ausência) no Brasil.
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