11 setembro 2005

Mais sobre o analfabetismo funcional

O jornal virtual Brasil de Fato publicou artigo sobre a pesquisa da Fundação Paulo Montenegro (do IBOPE) a respeito do analfabetismo funcional no Brasil:

De acordo com os números da pesquisa, apenas 26% dos brasileiros se encaixam no nível pleno de alfabetização. Ou seja, conseguem ler textos longos, comparar textos, identificar fontes, localizar e relacionar mais de uma informação, como descreve o estudo. O Inaf classifica a população brasileira em outros três níveis: analfabeto, alfabetizado rudimentar (aquele que consegue ler títulos ou frases, localizando uma informação bem explícita) e alfabetizado básico (consegue ler texto curto, localizando uma informação explícita ou que exija uma pequena inferência).
Segundo o estudo, os analfabetos representam 7% do total; os alfabetizados rudimentares, 30%; e os alfabetizados básicos, 38%. Os dados mostram ainda que a tímida melhora nos índices de alfabetização de 2001 para cá se deu nos níveis mais baixos: caiu 2% o número de analfabetos e 1% dos alfabetizados rudimentares. Grosso modo, houve uma migração para a faixa de alfabetizados em nível básico, que subiu 4% nestes quatro anos. Enquanto isso, o índice de alfabetizado nível pleno se manteve estável nos 26%.

A porcentagem expressa no Brasil de Fato é diferente da veinculada no Jornal Hoje (de 68%), mas não deixa de mostrar a gravidade do problema. Em outro post, tentei analisar um pouco essa questão, a par do crescimento contínuo das faculdades particulares no Brasil.

Anuncia-se um futuro em que teremos uma boa parte de nossos profissionais vindos do ensino superior que não tiveram mínimas condições de aprendizagem. Alguém duvida que isso irá se refletir diretamente em nosso cotidiano?

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